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O Cliente Perfeito

Uma perspectiva diferente do mundo encantado do atendimento ao público!

O Cliente Perfeito

Uma perspectiva diferente do mundo encantado do atendimento ao público!

O cliente tem sempre razão?

Quando alguém me faz esta pergunta ou algum cliente me diz em tom de brincadeira, a resposta que passa na minha cabeça é "NÃO"! Não, eu não acho que o cliente tenha sempre razão. Que escândalo, pensam vocês. Eu acredito que na vida tem que existir um meio-termo em tudo e quem criou esta frase, passou para a mão de qualquer consumidor um poder que não existe. Este poder que leva as pessoas a tratarem alguém que esteja do outro lado do balcão ou do outro lado do telefone, muitas vezes de forma humilhante. Muitas destas pessoas tratam melhores os seus animais de estimações, garanto-vos. Não estou a excluir ninguém, todos nós fomos e somos clientes. O que para mim o cliente tem sempre são direitos: o direito de ser bem recebido, bem atendido e ajudado quando assim o necessita. Mas todos os direitos implicam que existem também deveres. Deveres estes que passam simplesmente por tratar bem os outros, respeitar aquela frase tão certeira "não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti". 

Isto tudo porque existem clientes, que meus amigos, entram na loja apenas para destabilizar. Que estão prontos para a qualquer momento desbobinar tudo o que lhes vier à cabeça. Já tive clientes que chamaram nomes às minhas colegas, que lhes mandaram para certos sítios, outros que enquanto brigavam pediam desculpa à minha colega porque sabiam que ela estava grávida (não estava) e um que guardo com carinho: no primeiro mês na minha primeira loja (e primeiro emprego) fui deixada sozinha em caixa, sem muita experiência, começou a criar-se fila e um senhor fez questão de gritar nomes atrás de nomes dirigidos à minha pessoa para demonstrar o seu desagrado, quando chegou a vez de o atender não fui capaz de pronunciar nem uma palavra, nem ele a mim. Aguentei-me até a fila acabar e quando tudo acalmou tive que ir lá dentro chorar uns minutos.

 

Por isso lembrem-se sempre que as pessoas que estão ali a atender-vos são nada mais, nada menos que seres humanos.